


A missão técnica da Associação de Terminais Portuários Privados (ATP) no Reino Unido começou nesta segunda-feira (19). Executivos, autoridades do setor e lideranças empresariais integram a comitiva, que passará cinco dias na Inglaterra, com visitas a instalações marítimas e reuniões com membros do governo e empresários locais. A viagem tem o objetivo de promover trocas de experiência, visando encontrar soluções para o desenvolvimento dos terminais brasileiros.
O primeiro dia da missão foi em Londres, capital inglesa. A comitiva se encontrou com diretores da Organização de Gerenciamento Marítimo, entidade ligada ao Departamento de Meio Ambiente do governo britânico responsável por ações de sustentabilidade marítima. O dia ainda teve um encontro com membros da Autoridade Portuária de Londres e do Departamento de Transportes. “A parte da manhã foi dedicada às autoridades britânicas, que falaram como é feita a legislação e regulação portuária no país”, explicou o diretor presidente da ATP, Murillo Barbosa.
O secretário executivo adjunto do Ministério de Portos e Aeroportos, Fábio Lavor, ressaltou a integração entre o setor público e privado na comitiva e nas ações realizadas nos portos do Reino Unido. “Foi interessante para que, tanto a gente do governo, como representantes das empresas e terminais portuários pudessem enxergar a realidade da Inglaterra. Há algumas similaridades com nosso modelo brasileiro também, especialmente o aspecto de ter vários atores públicos envolvidos nesse processo”, afirmou.
“Além de termos representantes de muitos terminais portuários privados do Brasil, temos representantes de autoridades brasileiras, o que é sempre uma excelente oportunidade pra levar experiências de sucesso para ajudar a desenvolver o setor no nosso país”, destacou o vice-presidente do Conselho Diretor da ATP, Ulisses Oliveira. A segurança jurídica, desburocratização e inovação foram pontos de destaque para os integrantes da comitiva brasileira no primeiro dia.
“A gente observa que eles também têm uma regulamentação rígida, porém, menos burocrática. Os prazos são menores e esse benchmark que a gente faz com a legislação brasileira é de extrema importância”, destacou a gerente executiva da Confederação Nacional do Transporte (CNT), Danielle Bernardes.
Ela apontou ainda as pautas de ESG como um dos temas centrais do setor no Reino Unido. “Estão muito focados em ações de sustentabilidade. Os portos estão com um olhar atento para isso e a legislação também está exigindo que eles se inovem cada vez mais”.
A missão termina na sexta-feira (23). A comitiva ainda vai passar pelo terminal London Gateway, operado pela DP World, e pelos portos de Tilbury e Southampton. A agenda termina em um encontro com dirigentes da Organização Marítima Internacional, agência da ONU focada na segurança da navegação e combate à poluição marítima.